segunda-feira, 8 de junho de 2015

Maio - Atividades do Recesso

Para o mês de maio foram propostas algumas atividades extra escola, já que nossos períodos não coincidem com as férias escolares. Foram atividades de pesquisa e reflexão acerca de temas relacionados a ensino-aprendizagem e arte. 


ATIVIDADE - PROFESSOR REFLEXIVO E A PESQUISA SOBRE A PRÁTICA


Objetivo - Relacionar o texto de Contreras sobre o professor reflexivo com a prática profissional de professores que vem sendo observada e praticada nas escolas.


Trechos Destacados:
“A ideia de profissional reflexivo trata [..] por atuar sobre situações que são incertas, instáveis, singulares e nas que há conflitos de valores. [...]”

“O ensino é uma arte [...] que se realiza na própria prática do ensino.”

Reflexão
A escola em que acompanho com o programa tem algumas características bem particulares que evidenciam certos comportamentos dos professores. É uma escola do período do noturno e “de passagem”, ou seja, os alunos que estudam nela, em sua maioria, não são moradores da comunidade nos arredores. Para estar matriculado no periodo noturno dessa escola, obrigatoriamente é necessário um atestado de trabalho do aluno, caracterizando-os em sua maioria como maiores de idade.
Com essas e algumas outras peculiaridades desses alunos, presenciar cenas destacáveis ´chega a ser comum. Não dificilmente encontrará alunos com problemas familiares, profissionais ou até com a justiça. Então, como o texto define, o papel do professor reflexivo é saber atuar com esses diferentes tipos de alunos e acima de tudo, pessoas, de acordo com suas diferenças. A experiência para o autor é um fator importante para o desenvolvimento bem sucedido da ação, o que também acredito. A maneira como minha supervisora na escola lidaria com osalunos, é bem diferente da minha maneira ou com a da coordenadora dentro da academia. As vivências e experiências de cada um são os pilares ou “as lentes” de como cada um enxerga a realidade. Portanto, destaquei também o segundo trecho em que diz que ensinar é uma arte, afinal cada “artista” vai construindo seu “repertório” com o passar do tempo dentro das escolas e salas de aulas.
 
Referência: CONTRERAS, José. O docente como profissional reflexivo. In: CONTRERAS, José. A autonomia de professores. 2. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2012. Cap. 5. p. 117-127.

Pesquisa 
Problematização:
- Questão da improvisação dos professores e o papel do teatro na facilitação dessa ação.
-O conhecimento do conteúdo tem forte influência na boa desenvoltura?

Coleta e análise de dados: Com dois anos aproximadamente acompanhando professores nas escolas tanto de física, quanto de química pude observar várias ações. Os professores que acompanhei tinham vivências muito diferentes, um além de professor tinha uma carreira na indústria, enquanto a outra construiu sua carreira inteiramente na escola. O trato desses professores com os alunos assumem diferentes ações e até mesmo diferenças entre o ensino privado e o público. Muitas dessas, por pressão da direção das escolas e seus projetos pedagógicos e dos próprios alunos com interesses bem diferentes. A primeira questão é mais complexa para responder e demanda mais rigor e procedimentos teóricos. A segunda, a partir da observação e consulta a artigos já existentes, seria bem mais fácil para trabalhar.
Relacionando com o texto estudado, o comportamento do professor é particular a cada tipo de aluno ou sala e ambiente em que ele está. As dificuldades de cada aluno devem ser levadas em consideração assim quando possível a sua realidade. Obrigando muito mais do professor do que o puro conhecimento da matéria e/ou disciplina. De maneira simplificada e baseada em valores que adquiri tanto em disciplinas já cursadas, quanto de leituras no programa, já acabei respondendo de maneira raza e objetiva. O esperado é bem mais rigoroso, com certa profundidade necessária e amparada teoricamente.
O papel do professor “é uma arte”, assim como dito no texto e para minha pesquisa, assumirei arte como desenvolvimento teatral. Até hoje, isso não pode ser observado de maneira efetiva na escola, por não saber totalmente das outras capacidades dos professores. O tema é bem mais delicado, porém já com algum respaldo teórico na área. Porém, o caminho desenvolvido quase em sua maioria é o do papel do sociodrama no ensino e de jogos durante o processo. A questão que levantei, seria mais particular e de diferente interpretação. Algo relacionado mais à experiencia na área teatral do professor.

Considerações finais: O levantamento dessas questões força o pensamento mais crítico e melhor desenvolvimento futuro dessas questões. Diversos artigos são escritos e desenvolvidos e todos tiveram alguma influência pessoal ou superior no desenvolvimento do tema. A importância desse tipo de atividade é nítida ao desenvolvimento de capacidades e conteúdos pessoais. Forçando a leitura e análise crítica de textos. Ajudando-me a ver de maneira diferente pontos teóricos e reforçar algumas expectativas e valores já presentes cognitivamente. 

ATIVIDADE - PLANEJAMENTO DE SEQUÊNCIA DE ENSINO

Objetivo – Fazer uma análise dos projetos (planos de aula) entregues em abril, mediada pelos referenciais sobre a prática educativa

Resenha do Texto “A função social do ensino”
O autor tem como base o ensino público europeu, mais especificamente o espanhol, afirmando que a sociedade atribui a educação o papel de “selecionar os melhores em relação a sua capacidade” para seguir com a vida acadêmica, ou seja, valorando alguns conteúdos de interesses a longo prazo e deixando de lado outros de caráter formativo na educação das crianças. Levantando assim questionamentos quanto a função da escola no ensino.
O papel dos objetivos educacionais - o autor defende um ensino integral do aluno e não só o de desenvolvimento de algumas características cognitivas e tradicionais que visa o aprendizado de matérias e disciplinas tradicionais. Sendo assim, o objetivo da educação esta ligado em desenvolver as capacidades de interesse no aluno.
Os conteúdos de aprendizagem: instrumentos de explicitação das intensões educativas – Quando se fala da palavra “conteúdo” o autor lembra que devemos parar de somente ver a palavra e associá-la a objetivos de desenvolvimento cognitivo e algumas capacidades. Assim, os conteúdos de aprendizagem não se reduzem somente às disciplinas tradicionais, e que devemos entendê-lo de maneira mais ampla e que deixe de lado a visão restrita de que o aluno precisar saber nomes, teoremas, conceitos e princípios de maneira decorada basicamente. Zabala, caracteriza o “currículo oculto”, ou seja, aquilo que o aluno desenvolve na escola, mas não esta explicitamente no currículo de disciplinas e sim, o que o aluno desenvolve de maneira intuitiva. Sendo os conteúdos “conceituais, “procedimentais” e atitudinais que respectivamente as perguntas que os resumiriam seriam: o que é preciso SABER, SABER SER e SER.
Primeira conclusão do conhecimento dos processos de aprendizagem: a atenção à diversidade – o autor demonstra grande influência da psicologia da educação no ator de aprender. Mesmo com a falta de acordo entre pesquisadores, ele acredita que já existe uma grande quantidade de estudos na área e que mesmo com as divergências, vários pontos e bases de teoriais de diferentes autores, possuem um fio ou base de concordância entre elas. De acordo com as características de cada aluno, lança-se um tipo de atividade que constitui-se de um desafio alcançável, depois é oferecido uma ajuda necessária ao aluno para superá-lo e por fim é finalizado com uma avaliação que contribua para que os alunos mantenham o interesse em seguir trabalhando.
O construtivismo: concepção sobre como se produzem os processos de aprendizagem – pressupõe-se que nossa estrutura cognitiva esta configurada por uma rede de esquemas de conhecimento, sendo esses representações do individuo em determinada época da vida. Esses esquemas, sofrem intervenções que vão desenvolvendo zonas de desenvolvimento proximal (do Vygotsky) e vão ajudando o aluno a contruir um novo conhecimento. Caracterizando o ensino como uma capacidade de superar desafios e que desenvolve-se aos poucos o conheciento assim.
A aprendizagem dos conteúdos segundo sua tipologia – observando os conceitos vistos anteriormente (conceituais, procedimentais e atitudinais) podemos enxergar a semelhança na aprendizagem destes a priori. Mostrando que temos uma tendência habitual de relacionar a aprendizagem com métodos específicos de cada disciplina e não por serem tipos diferentes de conteúdos.
Considerações finais – Não caracterizarei as diferenças de cada tipo de conteúdo pela extenção da resenha. E as considerações de fato agora. O Zabata, preocupa-se muito com o desenvolvimento integral do aluno, tendo pontos de encontro com o Wallon, algo que também acredito e defendo. O papel da escola não é somente acrescentar “conhecimento” ao aluno como se ele fosse uma caixa receptora, mas sim o de formar um cidadão em conjunto com a familia e sociedade. Todos tem um papel importante no desenvolvimento do individuo. Ele também caracteriza os diferentes tipos de conteúdos, o que faz o professor lembrar que os alunos presentes em sua aula, não irão somente “absorver” o conteúdo dado, mas irá desenvolver varias capacidades implícitas e não menos importante que assimilar o conteúdo adequadamente.

Referência: ZABALA, Antoni. A função social do ensino e a concepção sobre os processos de aprendizagem: instrumentos de análise. In: ZABALA, Antoni. A prática educativa: Como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010. Cap. 2. p. 27-52.

A outra parte dessa atividade foi o planejamento de um plano de aula revisando de acordo com o texto do Zabala, ou seja, identificando os conteúdos atitudinais, conceituais, procedimentais e factuais de cada ação e analisar as orientações presentes no seguinte link: : http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/14-perguntas-respostas-projetos-didaticos-626646.shtml?page=0

Escolhi por não publicar essa parte da atividade, porém já foi entregue às coordenadoras. 

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