O mês de junho, devido a proximidade das férias das escolas, foi basicamente observação de aula e acompanhamento da professora supervisora na escola.
APERFEIÇOAMENTO TEÓRICO - JEROME BRUNER
A partir de leituras do autor Bruner [1], foi desenvolvido uma resenha do capítulo de um livro do Fracalanza [2].
Segue a abaixo o texto produzido na disciplina de Desenvolvimento e Aprendizado.
"Professora Laura
Os
alunos alvos da professora eram alunos no estágio de representação icônica
segundo Bruner. Pensando nisso ela buscou representações com bolinhas de
isopor, a fim de representar imageticamente o conteúdo. Laura optou por não
seguir somente o curriculo que lhe dispunha. Tentou mostrar de maneira mais
geral o assunto, teoricamente, em vez de seguir com os “projetos” propostos
pela cartilha. Afinal, ela tenta ensinar o assunto para os alunos para que eles
tenham o conhecimento, com justificativa e as atividades propostas nos livros
não teria utilidade a eles.
Assim como Bruner defende, a professora
Laura tentaria explorar a curiosidade dos alunos para buscar seu interesse no
assunto. De maneira mais interativa proporia até uma representação feita pelos
próprios alunos. A professora ainda, deixou bem claro que buscaria o maior
cuidado com a linguagem que seria usada e tentaria aproximar ao vocabulário dos
pequenos como Bruner sugere quando diz, basicamente, que qualquer assunto pode
ser ensinado a quaquer aluno desde que de maneira adequada. O papel de Laura,
fica bem explícito no texto como o de diagnosticar, incentivar e perceber as
dificuldades dos alunos e agir de maneira mais específica.
Aluno
Genivaldo
Vendo agora pela perspectiva do aluno, é possivel observar
pontos destacados por Bruner e ainda observar as dúvidas que surgem nos alunos,
principalmente se o mesmo não estiver com sua atenção direcionada ao professor.
Aqui, podemos ver que Genivaldo através do caminho de sua casa até a escola já
observava um conceito: o de sombra. Porém, não de maneira mais requintada, ou
bem menos que isso até. No texto, a professora insere o assunto aos alunos e
aos poucos ele vai começando a relacionar o conteúdo demonstrado com o que ele
já observou. Com a perspectiva de um aluno não muito focado, fica um pouco
dificil perceber com o texto como a professora leva a aula, mas é possivel
observar que ela usa de uma modelagem, assim como Laura e que isso acaba tanto
chamando a atenção do Genivaldo como também acaba o distraindo mais.
Porém,
com seus pensamentos é possível perceber que ele conseguira assimilar alguns
conceitos e ter despertado um interesse com o assunto, quando ele afirma nunca
ter pensado em tais coisas. Ele através de observação das sombras que o
acompanha, futuramente consiga assimilar e relacionar com os movimentos da
Terra e do Sol, porém isso somente com ajuda do professor na hora de avaliar ou
preparar o aluno para o tal. Segundo Bruner, avaliando se a manipulação do
conteúdo foi adequada e o estimulou a construir tal conhecimento.
Aluna
Luciana
Nesse texto, fica mais clara a intenção da professora e
mais ainda a curiosidade da Luciana despertada fora da escola por amigos. Com o
passar do texto, deixa claro a visão do Bruner de que a curiosidade é a melhor
ferramenta para se aprender. Luciana mudou totalmente de postura em aula,
somente por que estava curiosa com o assunto a ser tratado e ela queria muito
entender como funcionava. Nessa aula, também como Bruner propõe, foram usados
métodos mais visuais para o entendimento dos alunos como o uso da “cena” e de
bolas de isopor que representam os astros. Porém, nesse texto fica claro a
necessidade do aluno interagir com a aula e o professor muitas vezes ignorar ou
passar por cima da dúvida e da curiosidade do aluno. Luciana conseguiu ligar
com o movimento aparente no caso do ônibus e isso ficou em branco para ela. A
professora, dando espaço para os alunos, poderia ter identificado melhor as
necessidades dos alunos e intervido nesses pontos, assim como Bruner defende."
[1] MOREIRA, M. A. et al. A teoria de ensino de Bruner. In: Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1999.
[2] FRACALANZA, Hilário et al. A criança e seus mundos. In: O ensino de Ciências no 1º grau. São Paulo, Atual, 1986, p.61-85.