Para o mês de maio foram propostas algumas atividades extra escola, já que nossos períodos não coincidem com as férias escolares. Foram atividades de pesquisa e reflexão acerca de temas relacionados a ensino-aprendizagem e arte.
Objetivo - Relacionar
o texto de Contreras sobre o professor reflexivo com a
prática profissional de professores que vem sendo observada e praticada nas
escolas.
Trechos
Destacados:
“A ideia de profissional reflexivo trata
[..] por atuar sobre situações que são incertas, instáveis, singulares e nas
que há conflitos de valores. [...]”
“O ensino é uma arte [...] que se
realiza na própria prática do ensino.”
Reflexão
A escola em que acompanho com o programa
tem algumas características bem particulares que evidenciam certos
comportamentos dos professores. É uma escola do período do noturno e “de
passagem”, ou seja, os alunos que estudam nela, em sua maioria, não são
moradores da comunidade nos arredores. Para estar matriculado no periodo
noturno dessa escola, obrigatoriamente é necessário um atestado de trabalho do
aluno, caracterizando-os em sua maioria como maiores de idade.
Com essas e algumas outras
peculiaridades desses alunos, presenciar cenas destacáveis ´chega a ser comum.
Não dificilmente encontrará alunos com problemas familiares, profissionais ou
até com a justiça. Então, como o texto define, o papel do professor reflexivo é
saber atuar com esses diferentes tipos de alunos e acima de tudo, pessoas, de
acordo com suas diferenças. A experiência para o autor é um fator importante
para o desenvolvimento bem sucedido da ação, o que também acredito. A maneira
como minha supervisora na escola lidaria com osalunos, é bem diferente da minha
maneira ou com a da coordenadora dentro da academia. As vivências e
experiências de cada um são os pilares ou “as lentes” de como cada um enxerga a
realidade. Portanto, destaquei também o segundo trecho em que diz que ensinar é
uma arte, afinal cada “artista” vai construindo seu “repertório” com o passar
do tempo dentro das escolas e salas de aulas.
Referência: CONTRERAS, José. O docente como profissional reflexivo. In: CONTRERAS,
José. A autonomia de professores. 2. ed. São Paulo: Cortez Editora,
2012. Cap. 5. p. 117-127.
Pesquisa
Problematização:
- Questão
da improvisação dos professores e o papel do teatro na facilitação dessa ação.
-O
conhecimento do conteúdo tem forte influência na boa desenvoltura?
Coleta e análise de dados: Com dois anos aproximadamente
acompanhando professores nas escolas tanto de física, quanto de química pude
observar várias ações. Os professores que acompanhei tinham vivências muito
diferentes, um além de professor tinha uma carreira na indústria, enquanto a
outra construiu sua carreira inteiramente na escola. O trato desses professores
com os alunos assumem diferentes ações e até mesmo diferenças entre o ensino
privado e o público. Muitas dessas, por pressão da direção das escolas e seus
projetos pedagógicos e dos próprios alunos com interesses bem diferentes. A
primeira questão é mais complexa para responder e demanda mais rigor e
procedimentos teóricos. A segunda, a partir da observação e consulta a artigos
já existentes, seria bem mais fácil para trabalhar.
Relacionando com o texto estudado, o
comportamento do professor é particular a cada tipo de aluno ou sala e ambiente
em que ele está. As dificuldades de cada aluno devem ser levadas em
consideração assim quando possível a sua realidade. Obrigando muito mais do
professor do que o puro conhecimento da matéria e/ou disciplina. De maneira
simplificada e baseada em valores que adquiri tanto em disciplinas já cursadas,
quanto de leituras no programa, já acabei respondendo de maneira raza e
objetiva. O esperado é bem mais rigoroso, com certa profundidade necessária e
amparada teoricamente.
O papel do professor “é uma arte”, assim
como dito no texto e para minha pesquisa, assumirei arte como desenvolvimento
teatral. Até hoje, isso não pode ser observado de maneira efetiva na escola,
por não saber totalmente das outras capacidades dos professores. O tema é bem
mais delicado, porém já com algum respaldo teórico na área. Porém, o caminho
desenvolvido quase em sua maioria é o do papel do sociodrama no ensino e de
jogos durante o processo. A questão que levantei, seria mais particular e de
diferente interpretação. Algo relacionado mais à experiencia na área teatral do
professor.
Considerações finais:
O levantamento dessas
questões força o pensamento mais crítico e melhor desenvolvimento futuro dessas
questões. Diversos artigos são escritos e desenvolvidos e todos tiveram alguma
influência pessoal ou superior no desenvolvimento do tema. A importância desse
tipo de atividade é nítida ao desenvolvimento de capacidades e conteúdos
pessoais. Forçando a leitura e análise crítica de textos. Ajudando-me a ver de
maneira diferente pontos teóricos e reforçar algumas expectativas e valores já
presentes cognitivamente.
ATIVIDADE - PLANEJAMENTO DE SEQUÊNCIA DE ENSINO
Objetivo – Fazer uma análise dos projetos (planos de aula)
entregues em abril, mediada pelos referenciais sobre a prática educativa
Resenha do Texto “A função social do ensino”
O autor tem como base o ensino público europeu, mais
especificamente o espanhol, afirmando que a sociedade atribui a educação o
papel de “selecionar os melhores em relação a sua capacidade” para seguir com a
vida acadêmica, ou seja, valorando alguns conteúdos de interesses a longo prazo
e deixando de lado outros de caráter formativo na educação das crianças.
Levantando assim questionamentos quanto a função da escola no ensino.
O papel dos objetivos
educacionais - o autor defende um
ensino integral do aluno e não só o de desenvolvimento de algumas
características cognitivas e tradicionais que visa o aprendizado de matérias e
disciplinas tradicionais. Sendo assim, o objetivo da educação esta ligado em
desenvolver as capacidades de interesse no aluno.
Os conteúdos de
aprendizagem: instrumentos de explicitação das intensões educativas – Quando se fala da palavra “conteúdo” o autor lembra que
devemos parar de somente ver a palavra e associá-la a objetivos de
desenvolvimento cognitivo e algumas capacidades. Assim, os conteúdos de
aprendizagem não se reduzem somente às disciplinas tradicionais, e que devemos
entendê-lo de maneira mais ampla e que deixe de lado a visão restrita de que o
aluno precisar saber nomes, teoremas, conceitos e princípios de maneira decorada
basicamente. Zabala, caracteriza o “currículo oculto”, ou seja, aquilo que o
aluno desenvolve na escola, mas não esta explicitamente no currículo de
disciplinas e sim, o que o aluno desenvolve de maneira intuitiva. Sendo os
conteúdos “conceituais, “procedimentais” e atitudinais que respectivamente as
perguntas que os resumiriam seriam: o que é preciso SABER, SABER SER e SER.
Primeira
conclusão do conhecimento dos processos de aprendizagem: a atenção à
diversidade – o autor demonstra
grande influência da psicologia da educação no ator de aprender. Mesmo com a
falta de acordo entre pesquisadores, ele acredita que já existe uma grande
quantidade de estudos na área e que mesmo com as divergências, vários pontos e
bases de teoriais de diferentes autores, possuem um fio ou base de concordância
entre elas. De acordo com as características de cada aluno, lança-se um tipo de
atividade que constitui-se de um desafio alcançável, depois é oferecido uma
ajuda necessária ao aluno para superá-lo e por fim é finalizado com uma
avaliação que contribua para que os alunos mantenham o interesse em seguir
trabalhando.
O construtivismo: concepção
sobre como se produzem os processos de aprendizagem – pressupõe-se que nossa estrutura cognitiva esta configurada por
uma rede de esquemas de conhecimento, sendo esses representações do individuo
em determinada época da vida. Esses esquemas, sofrem intervenções que vão
desenvolvendo zonas de desenvolvimento proximal (do Vygotsky) e vão ajudando o
aluno a contruir um novo conhecimento. Caracterizando o ensino como uma
capacidade de superar desafios e que desenvolve-se aos poucos o conheciento
assim.
A aprendizagem dos conteúdos
segundo sua tipologia – observando os conceitos
vistos anteriormente (conceituais, procedimentais e atitudinais) podemos
enxergar a semelhança na aprendizagem destes a priori. Mostrando que temos uma tendência habitual de relacionar
a aprendizagem com métodos específicos de cada disciplina e não por serem tipos
diferentes de conteúdos.
Considerações finais – Não caracterizarei as diferenças de cada
tipo de conteúdo pela extenção da resenha. E as considerações de fato agora. O
Zabata, preocupa-se muito com o desenvolvimento integral do aluno, tendo pontos
de encontro com o Wallon, algo que também acredito e defendo. O papel da escola
não é somente acrescentar “conhecimento” ao aluno como se ele fosse uma caixa
receptora, mas sim o de formar um cidadão em conjunto com a familia e sociedade.
Todos tem um papel importante no desenvolvimento do individuo. Ele também
caracteriza os diferentes tipos de conteúdos, o que faz o professor lembrar que
os alunos presentes em sua aula, não irão somente “absorver” o conteúdo dado,
mas irá desenvolver varias capacidades implícitas e não menos importante que
assimilar o conteúdo adequadamente.
Referência:
ZABALA, Antoni. A função social do ensino e a
concepção sobre os processos de aprendizagem: instrumentos de análise. In:
ZABALA, Antoni. A prática educativa: Como
ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010. Cap. 2. p. 27-52.
A outra parte dessa atividade foi o planejamento de um plano de aula revisando de acordo com o texto do Zabala, ou seja, identificando os conteúdos atitudinais, conceituais, procedimentais e factuais de cada ação e analisar as orientações presentes no seguinte link: : http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/14-perguntas-respostas-projetos-didaticos-626646.shtml?page=0
Escolhi por não publicar essa parte da atividade, porém já foi entregue às coordenadoras.