Março foi um mês basicamente de observações de aula e a escola estava sofrendo por algumas decisões da diretoria como a diminuição do número de classes, deixando assim as salas muito numerosas e se adaptando a essa nova organização.
Algumas características das salas as quais eu acompanho com a Profª Sônia, são um pouco diferentes do que eu estava habituado. Acompanho salas de aula do EJA - educação de jovens e adultos e salas regulares, então a dinâmica entre essas salas acabam sendo bem diferentes.
Outra característica dessa escola e turmas do EJA é a grande entrada de alunos novos durante muito tempo do bimestre. O que dificulta o trabalho do professor e até mesmo dos alunos. Acompanho turmas noturnas o que acaba mostrando alunos com perfis totalmente diferentes e mais velhos. Uma das salas, acredito que a média de idade seja superior a 40 anos. Essa sala de maior idade é uma que sempre esta cheia de alunos até o último horário, coisa rara nessa escola no período noturno.
RELATO CURIOSO DE UMA ALUNA
Estava ajudando uma aluna com exercícios e ela começou a me contar curiosa como as coisas aqui em São Paulo (referindo-se ao estado) eram diferentes. Ela é uma aluna vinda da cidade de Mortugaba - BA. Ela conta que achou muito estranho "a falta de respeito" com os professores, da cidade onde ela veio era comum quando os professores entravam na sala os alunos terem que se levantar em sinal de respeito a ele. Deixando claro um rigor muito grande e uma relação extremamente vertical entre aluno e professor, mas ela disse que isso vem mudando recentemente "aos pouquinhos".
Outros pontos relatados por ela, foi o nível de aprofundamento das matérias e a os métodos avaliativos presentes aqui. Ela comparou que na sua antiga escola existiam provas de 15 em 15 dias (no formato de simulados extensos com questões de múltipla escolha) e a presença de um projeto em todo o bimestre que deveria ser desenvolvido pelos alunos e apresentados como para uma banca. E ainda comentou com estranhamento os alunos nessa escola não usarem uniforme, em sua escola anterior todos os alunos tinham duas camisetas de cores diferentes (uma branca e outra azul) e cada dia da semana era permitido a entrada com uma cor específica, acabando assim com as desculpas de não ter uniforme limpo para usar.
Um outro relato curioso, dessa vez mais breve, foi de uma aluno que começou o supletivo com a mãe, como maneira dela incentivá-lo a voltar para escola. O detalhe mais curioso é que a mãe acabou o terceiro ano do ensino médio no final de 2014 e ele ainda está no primeiro ano. Mas segundo ele, dessa vez ele vai se dedicar para não "ficar mais feio" pra ele.


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